terça-feira, 15 de outubro de 2013

Entre dúvidas e acusações II


Se você, leitor ou leitora, gosta de apontar o dedo para os fanáticos religiosos do Brasil e do mundo, e gargalham de seus sonambulismos, o que pensar então de outro tipo de fanatismo que vem recrudescendo cada vez mais? Sim, claro que falamos do feminismo...

Mas antes disso, vamos ao que se compreende pelo Cristianismo em um resumo atordoante e falando de modo absurdamente didático:

"Um homem chamado Jesus pregou aqui na Terra a palavra de Deus. Ressuscitou no terceiro dia. Ele é nossa referência moral e a quem devotamos a nossa fé."

E na prática, o que a História nos diz sobre a sua Igreja? Quais foram os desdobrares de uma mensagem muito consoante ao do primeiro Buda (quinhentos séculos antes) e não tão distante da de Sêneca? O assunto é longo, mas temos de concordar que não só a sua Igreja (a ICAR como as demais), como a sua própria mensagem, o pouco que temos sobre ele, gerou uma grande confusão por mais que tenha nos deixado legados preciosos, especialmente aqui no Ocidente. A sua palavra, a sua mensagem, foi X, séculos de copistas, de concílios, de influências políticas, de perseguições, nos mostrou Y. É natural que seja assim. 

Os fanáticos religiosos são, regra geral, fundamentalistas, leitores literais da Bíblia, aquele tipo de gente mais disposta a ir à guerra do que debater com floretes. São aqueles que se creem detentores de uma grande revelação e que não conseguem conceber como é que existem pessoas que não aceitam, passivamente, toda a sua visão de mundo.

Advinhem como agem as feministas radicais que temos aqui no Brasil...?

Então quando alguém expõe o ridículo de certos comportamentos religiosos, enchem a boca para criticá-los pela sua história composta também por crimes, será que esta pessoa consegue voltar para si mesma esta artilharia pesada? Será que estas feministas conseguem entender que quando colocamos algo no papel, em uma teoria, ela por mais que pareça ser algo extremamente razoável ainda assim pode trazer problemas? Será que estas feministas radicais conseguem se distinguir dos religiosos fanáticos que acusam de "defender o patriarcado"? Aliás, será que uma feminista assim é capaz de ser cristã? Ou ela é uma das inúmeras que deturpam tanto a tradição judaico-cristã que ela é capaz de louvar a uma imagem de Jesus e ao lado uma de Calígula?

Pois dizemos que as mais animadinhas no feminismo como um todo são ou adolescentes que nem merecem crédito OU mulheres claramente misandricas, com ódio ou desprezo mal enrustido pelos homens. É possível que exista ali entre elas aquele tipo de pessoa que, tal como um religioso, mantenha sua melhor das intenções em suas crenças ideológicas? Com certeza que sim. Mas estas viram peões no jogo e na prática soldadinhas de chumbo. Ecoam o que leram e se seduziram nem nenhuma análise mais séria tal como um religioso fanático repete o que seu pastor diz sem ter nenhum pensamento próprio.

O feminismo quando apresentado de modo resumido agrada aos olhos da imensa maioria das pessoas. A mensagem de Jesus também. A de Buda também. A de Sêneca também. Com algumas omissões até o que se sabe de Zoroastro também agradaria em essência a maior parte das pessoas. A grande questão é pensar em que tipo de sociedade o feminismo propõe, ignorando a primeira conclusão simplista de "um mundo mais justo e feliz". Sem dúvida nenhuma que Lenin também pensava assim quando viu a União Soviética ser erigida. Que belo mundo "justo" ele nos deu!

Que sociedade teremos? Estes grupos, quando organizados de feministas, abraçam quais outras bandeiras? Fazem coro com quais outras minorias? Quais livros exatamente insuflaram o feminismo? Será que existiram ou existem autoras claramente lésbicas E misândricas assinando livros deste tema? Como fica a família diante de manifestações como a Marcha das Vadias? Qual o modo de atuação dessas feministas exatamente? Democráticas? Fascistas? Tudo o que diiiiiizem reinvindicar, será que é isso mesmo que eu quero? Olhando para a História, que tipo de lição tiramos de certos grupos assim?

São todas perguntas que todas deveriam fazer sinceramente, sozinhas, consigo mesmas. Mas quem é que faz isso? Quem busca material contrário ao que espalham como lixo pela Internet onde tratam a TODO um gênero (o masculino) como "cachorros"? Por isso que em um primeiro momento esta página pode com certeza soar como um antro de misóginos de mal com a vida... Não culpamos a ninguém por tal impressão. Mas ler todos os textos, aquilatar nossos argumentos, nossas informações que muita gente nem fazia ideia de existir, e permanecer no jugo de que só dizemos asneiras... aí é como debater com um talebã. Não temos nenhuma vontade disso e simplesmente excluiremos sem gastar uma sílaba.


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