Quando uma luta não é legítima, falando de um modo genérico, como um todo, e em seu grupo há muitas pessoas movidas pelo ressentimento, pelo ódio, pelo puro prazer de ofender o outro, o que julga diferente, então não demora muito para que certas campanhas deste mesmo grupo que diz lutar comecem a revelar o quão cômicas são suas intenções.
Vamos imaginar um pouco a realidade da mulher no século retrasado... Vamos lembrar de Emily Davison, que teve de se atirar diante de cavalos durante uma corrida para chamar a atenção para sua causa: o direito de as mulheres votarem (sufrágio universal)! Vamos lembrar que houve um tempo em que, sem dúvida alguma, a mulher não tinha voz ativa em nada de relevante, de importante, em nossa sociedade. Eram tempos em que esta página sequer teria embasamento para existir (imaginando que existisse Internet e redes sociais, evidentemente).
E hoje? Em nenhum momento postamos que não existe violência contra a mulher no Brasil. Em nenhum momento discursamos em favor de uma sociedade com o homem encabeçando a família sem exceções (porém somos livres para a reflexão, e se caso quisermos considerar isso por puro exercício de meditação, faremos sem pudores). Em nenhum momento defendemos atitudes destemperadas de homens não raro bêbados que ao chegar em casa descontam suas loucuras na mulher E também em seus FILHOS. Não fizemos nada disso. Mas hoje podemos concordar que as reivindicações destes grupos feministas militantes inúmeras vezes fogem do raríssimo bom-senso.
Raríssimo porque tudo o que envolve sentimentos aflorados dificilmente não irá eclipsar a razão. Tente você digladiar com um protestante roxo, com um cristão ortodoxo, com um católico empedernido sobre outras possíveis considerações sobre Deus (aos que creem), ética, política, e você verá do que estou falando. Ou mesmo alguém apaixonado por um time de futebol. Você se sentirá em um solilóquio, por mais que argumente, parecerá falando com um tijolo. Assim é quando falamos com feministas militantes radicais. Não se tratam de mulheres e de homens lúcidos, e sim de fanáticos, dispostos a tudo para lhe colocar como retrógrado, obsoleto, anacrônico em suas palavras.
O que algumas destas pessoas parecem não querer considerar é que estamos em um país de extensão continental. Há regiões em que muito provavelmente existam o que chamam de "machistas", como também há regiões onde este tipo de pessoa seja mais raro. Este que lhes escreve está aqui como um exemplo vivo disto que disse. Eu não tenho em meus círculos de amigos n-e-n-h-u-m colega que pense ou que aja conforme as acusações repletas de ódio destas feministas militantes. Não conheço n-e-n-h-u-m rapaz que agrida a parceira, que a humilhe verbalmente por ser mulher, que diga que ela não pode trabalhar, que a inferiorize somente pelo fato de ser mulher. Eu vou repetir consciente do que muitos chamam de "feminismo" e o que isso significa de modo lato: eu não conheço nenhum homem assim!
O que, evidentemente, não significa que não existam. Há dez anos eu encontrei durante minhas pesquisas virtuais (até então) um homem que era católico do tipo mais fundamentalista que você puder imaginar. Para você compreender melhor o que isso significa, eu lhe digo que este homem defendia abertamente que alguns meninos deviam ser castrados para que permanecessem com suas vozes ainda suaves, seus timbres pueris, bem como se fazia de fato com os chamados "castrati". Este homem chegava a divulgar em seu blog além do retorno desta prática, que todos nos autoflagelássemos com chicotes simplesmente por sermos todos pecadores. Vejam que sempre existirão pessoas doentemente radicais que clamam por um mundo que não mais existe. Por isso digo que tenho total conhecimento de que existem homens que são capazes de tudo, assim como também sei e já vi mulheres que também o são.
A problemática nisto tudo é que algumas destas pessoas são capazes de arregimentar outras ao redor de suas sandices. Isso ainda hoje ocorre entre os neonazistas, entre grupos religiosos radicais, e também entre divulgadores de ideologias das mais diversas, entre elas o feminismo. É por isso que percebemos o quão heterogêneo é este movimento, onde há mulheres que somente querem ver uma maior educação da parte dos homens quanto à violência abjeta contra as mulheres, até aquelas que NITIDAMENTE sentem nojo, ódio, do sexo masculino. Estas são as que mais se envolvem com esta doutrina perigosa (afinal tende a colocar o homem como vilão quase sempre), e fazem o desfavor de inculcar nas meninas ainda em formação besteiras como a da imagem que aqui compartilho.
Originalmente, claro, a imagem que divulgam é somente desta mulher com a pichação em seu corpo: "Transar com dois ao mesmo tempo". O que ela quer com isso e o que ela espera, com esta atitude irresponsável (haja vista ser algo voltado a divulgação da Marcha das Vadias, onde adolescentes também "marcham")? É o mesmo que você, leitor, pode esperar de uma Valesca Popozuda, ensinando as meninas a cantar suas músicas onde diz que "fiel é o caralho!", "minha boceta é o poder", e demais absurdidades. Uma atitude irresponsável para uma figura pública que ganha muito dinheiro rebolando seu traseiro na cara de meninos e meninas. Caso o leitor ache este comportamento belo, digno, maravilhoso, é um direito seu: reserve-me o meu direito de expô-lo ao ridículo.
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